PALEOLITICO

As primeiras provas líticas da presença humana na Galiza remontam há uns 300.000 anos, no Paleolítico Inferior, durante o Pleistoceno Médio. Apareceram restos destes povoadores por todo o litoral, desde Rivadeu até à Guarda. Estes restos são instrumentos líticos, que nos mostram uma indústria Acheulense à base de bifaces, fendedores, triedros… realizados sobre uma base de seixos ou quartzo. Conhecem-se duas culturas, o Paleolítico Inferior Arcaico (ou “cultura dos seixos talhados”) e o Paleolítico Superior Arcaico ou Acheulense. A técnica é mais simples na primeira delas. As indústrias são simples e o número de tipos reduzido.
Os seres humanos do Paleolítico Inferior viviam em hordas,ou seja, grupos de caçadores-colectores que praticavam o nomadismo. Alimentavam-se dos frutos que recolhiam e da caça, que praticavam em tribos. Também praticavam a pesca e a colecta de marisco, quando viviam em zonas nas quais podiam fazê-lo. Já durante o  Paleolítico Médio a indústria característica é heterogénea, diversificada, elaborada pelo homem de neandertal ( do que se documenta a sua presença no noroeste peninsular graças ao achado de um sítio na Cova Eirós, em Triacastela, com matéria orgânica e ferramentas do Paleolítico Médio). O Paleolítico Superior espalha-se entre os anos 30.000 e 8.000 a.C., época da qual encontramos instrumentos tanto de pedra como de ossos, realizando-se neste material punhais, arpões, agulhas, etc. Na Galiza encontram-se abundantemente sobretudo sob rocha, entre os quais encontramos uma indústria Aziliense à base de sílex, cristal de rocha, pórfidos cuarcíticos, quartzos e cuarcitas mais ocre. As ferramentas mais características são os burís, as tesoiras de dorso rebaixado e as raspadeiras.